O Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, pode entrar em colapso pela quantidade insuficiente de bolsas de sangue disponibilizadas aos pacientes.
Segundo o diretor técnico do hospital, Flawber Cruz, enquanto que são necessárias pelo menos mil bolsas, são enviadas ao Trauma através do Hemocentro apenas 700 bolsas por mês. Apesar da necessidade, o Hemocentro informou que não há como enviar mais bolsas pela quantidade da demanda de outros hospitais.
Conforme Flawber Cruz, são realizados em média mil atendimentos mensais, sendo que 70% desses atendimentos são de pessoas que necessitam de sangue para se recuperar ou até conseguir sobreviver depois de terem sofrido acidentes graves. “As pessoas que dependem dessas bolsas estão em situação arriscada de saúde e não podem ficar sem essa reposição. Nós pedimos que especialmente as famílias e os amigos se solidarizem com a situação e comecem a fazer doações. Nós sabemos que o Hemocentro atende muitas outras unidades de saúde e a melhor maneira de encontrar mais doadores é através de uma campanha que faça um chamamento à população, porque se a situação continuar desse jeito, o hospital pode entrar em colapso nos próximos meses”, lamentou.
Como uma das iniciativas para tentar arrecadar mais bolsas de sangue, a direção do hospital informou que deverá solicitar ao Hemocentro de Campina Grande que realize a coleta no próprio hospital pelo menos duas vezes ao mês através da unidade móvel.
A dificuldade do Hemocentro em enviar mais bolsas de sangue à unidade de saúde está na quantidade de doadores. Segundo a enfermeira do Hemocentro Enedina Marques, a instituição possui 20 mil doadores cadastrados, mas muitos deixaram de doar nas últimas semanas, pelas patologias que surgem durante o período de inverno, como as viroses.
JP
