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Hospital Universitário realiza exames de tireóide esta semana

Desta segunda-feira (27) até a próxima sexta-feira, o Laboratório de Endocrinologia do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) vai realizar a “Semana Internacional de Conscientização da Tireoide”, oferecendo exames para detectar problemas. De acordo com o endocrinologista João Modesto, 7% das mulheres brasileiras com mais de 30 anos têm nódulo tireoidiano. E até 10% desses nódulos são malignos.
João Modesto lembrou que os dados são de uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O estudo também revela que para cada homem afetado por problemas na tireóide, oito mulheres apresentam doenças relacionadas a esse órgão. As ações que acontecerão no HULW recebem o apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Regional Paraíba (SBEM-PB), que também realizará ações educacionais, orientação e encaminhamentos em João Pessoa.
Nacionalmente, a campanha foi celebrada entre os dias 23 e 27 com o objetivo de conscientizar sobre a glândula e seus distúrbios. O Dia da Tireoide é comemorado em 25 de maio. Nesta semana, em João Pessoa participarão 10 médicos especialistas com atendimentos, distribuindo folder informativo, fazendo exames, encaminhamentos, além de visitas a clínicas de endocrinologia da Capital. As pessoas poderão aprender a fazer o auto-exame, que consiste em, de frente ao espelho, levantar o pescoço e beber um gole de água, observando possíveis nodulações e apalpando a região.
“Os hormônios produzidos na tireoide são fundamentais para o metabolismo. As doenças da tireoide são mais comuns nas mulheres que nos homens por causas das alterações hormonais da fase reprodutiva. Elas são mais suscetíveis a variações e à perda de iodo. Nas mulheres de 35 a 44 anos que apresentaram problemas de tireóide 9,1% apresentaram nódulos. Acima de 70 anos, quase 20% tinha. Aproximadamente 5% a 10% dos nódulos podem ter algum caráter maligno ou se transformar em câncer”, ressaltou o presidente da SBEM-PB.
Três tipos de problemas mais frequentes
O endocrinologista explicou que as três doenças da tireoide que são mais comuns são o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e a presença de nódulos, que podem acarretar em câncer de tireoide. O hipotireoidismo é o mais frequente, caracterizado pelo excesso de produção do hormônio tiroxina ou T4.
No hipertireoidismo, excesso de produção do T4, há a possibilidade de realizar o tratamento clínico, que dura de um a dois anos, com medicação oral que inibe a produção do excesso de hormônio. No caso de haver nódulo maligno ou em casos graves, pode-se fazer o tratamento cirúrgico para a retirada da tireoide ou se submeter a sessões radioiodoterapia.
Tratamento
A Farmácia Popular já subsidia a reposição hormonal de T4. O medicamento custa entre R$ 7,00 e R$ 15,00. Para quem retirou a tireóide, a reposição deve ser diária, o remédio deve ser administrado em jejum e pro resto da vida. Além de se fazer um acompanhamento periódico para medir as taxas hormonais no organismo.
SINTOMAS
Hipotireoidismo: apatia, sonolência, queda de cabelos, esquecimento, constipação intestinal (prisão de ventre), pele grossa e que descama, unhas frágeis, irregularidade menstrual ou falta de menstruação, aumento de peso, baixos níveis dos hormônios T3 e T4 e elevação da taxa de TSH.
Hipertireoidismo: agitação, nervosismo, insônia, palpitações, choro fácil, perda de peso, sudorese (suor excessivo), exostalmia (olhos saltados), aumento de volume da tireóide.
Nódulo: voz rouca e dificuldade para engolir são sinais, mas pode não haver nenhuma sintomatologia.
Por Correio da Paraíba