Educação
Banalização da vida
PROF°. GEDERLANDIO ADRIANO DOS SANTOS.
LICENCIATURA PLENA EM LETRAS PELA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAIBA.
HABILITAÇÃO EM LINGUA PORTUGUESA.
ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO INFANTIL PELA FACULDADE CRISTO REI –JAÍCOS –PIAUI.
CAPACITAÇÃO EM EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS PELA P.U.C MINAS GERAIS.
ATUANTE NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO EM BANANEIRAS E CASSERENGUE , PARAÍBA.
PRODUTOR DE EDITORIAIS CITADOS EM SITES E SISTEMAS DE COMUNICAÇÃO RADIOFÔNICOS NA REGIÃO DO BREJO.
“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.”
Charles Chaplin
Qual o valor da vida? Até onde é capaz de ir o ser humano? A morte é algo tão normal assim, a ponto de tantas ocorrências consecutivas em nossa região tornarem-se banais? Vingança, queima de arquivo ou fruto de atitudes impensadas? O que vem motivando de fato, os crimes em pleno horário nobre em Solânea? Afinal, á pouco mais de seis meses tivemos o assassinato do diretor da Cadeia Municipal, Jairo Neves dos Santos, de 61 anos, no inicio da noite.
Agora nossa cidade acorda com mais um crime chocante e pré-anunciado, haja visto que a vítima, Raniery Cândido, já havia sofrido duas tentativas de assassinato.
Embora o momento ainda seja de comoção por parte de seus familiares, amigos e conterrâneos, não se pode ignorar um fato: nossas autoridades estão sendo desafiadas atrevidamente. Pois quando crimes semelhantes a estes ocorrem em qualquer horário seguindo o critério de escolha do(s) praticante(s), é como se a bandidagem mandasse um recado insensato para a polícia e quem mais interessar: matamos quando queremos, como queremos e no momento que queremos.
E será que nossas autoridades vão aceitar este recado, ou abraçarão o desafio de fazer pagar pelo triste ato, seus praticantes? Ainda acredito no efetivo policial que temos em nossa região e quero acreditar que justiça será feita.
Para nós que estamos vivos (muito embora haja muitos vivos mortos), aproveite o espetáculo da vida, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
Estas vítimas citadas neste texto ,tiveram sim seus aplausos. Mesmo assim, o choro incontrolável de seus familiares, a dor de seus entes queridos , clama em cada gota de lágrima por justiça. Desde a chegada do corpo onde antes era sua antiga residência, até a saída para o sepultamento ,onde ali será o repouso eterno do cadáver, o clima de vazio se mistura com as perguntas: porquê? Até quando? Enfim, com o coração apertado tudo o que muitos gostariam, era voltar no tempo e começar tudo de novo.
Por fim, o escritor Fernando Pessoa afirmou próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela. Ainda assim diz as escrituras sagradas :”eis que ponho diante de ti a vida ou a morte, a bênção ou a maldição. Qual opção escolherás? Escolhe a vida para que vivas, tu e a tua semente!…”. Pense nisso! E
viva para fazer a diferença.
Texto: Prof°. Gederlandio A. Santos