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Assaltos a bancos crescem 103%; apenas duas agências têm central de monitoramento na Paraíba

115733,362,80,0,0,362,271,0,0,0,0Apenas duas agências do Banco do Nordeste em João Pessoa têm centrais de monitoramento instaladas, equipamentos que contribuem de forma mais eficiente no combate à violência contra bancos. O estado tem 227 agências filiadas ao Sindicato dos Bancários, divididas entre as instituições públicas (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e Banco do Nordeste) e privadas, como Itaú, Bradesco, HSBC e Santander. Em 2013, foram 128 crimes contra bancos, número 103,17% maior que os 63 registrados no ano anterior.

As informações foram repassadas ao Portal Correiopelo presidente do sindicato, Marcos Henriques e Silva. Segundo ele, os bancos investem apenas 5% em projetos de segurança, mas precisam aumentar a fatia financeira voltada para esse segmento, tendo em vista que o lucro dessas empresas ficou em torno dos R$ 70 bilhões somente em 2013.

Henriques também falou sobre a nova lei de segurança criada pelo deputado estadual Assis Quintans (DEM) e sancionada pelo governador Ricardo Coutinho no dia 23 de dezembro. Ele disse que a categoria está satisfeita, mas espera que o Procon intensifique a fiscalização para que a lei seja cumprida de maneira eficaz, sem que os bancos tenham prejuízos com multas ou fechamento de agências. O presidente também defende a humanização da segurança bancária, de forma que os profissionais tenham apoio psicológico para superar os traumas deixados pela violência.

“Um banco fechado traz muitos prejuízos para o mercado financeiro. Por isso, acredito que os empresários vão se esforçar para garantir que as agências cumpram a determinação da legislação e não sofram com punições como essa; é preciso também que o Procon da Paraíba atue com bastante rigor nas fiscalizações (…) Infelizmente temos casos de pessoas que foram demitidas depois de passarem por graves problemas emocionais com os assaltos. É necessário que o funcionário ou servidor tenha apoio psicológico para superar os problemas de saúde que surgem após os casos de violência”.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba revelou que não há previsão de universalização da central de monitoramento nas agências do estado. “É algo que depende dos bancos; essas empresas devem investir para instalação desse sistema”.

Central de monitoramento

Marcos Henriques explicou que uma central de monitoramento funciona através de várias telas interligadas com empresas de segurança e com a polícia, de maneira que todo e qualquer movimento suspeito nas agências seja rapidamente identificado e contido.

Segundo o presidente do sindicato, o sistema tem contribuído bastante para a redução da criminalidade nas agências onde ele já está em funcionamento.

Apesar da eficiência, a central de monitoramento ainda é uma ideia nova, conforme relatou Henriques, e funciona apenas em cerca de mil agências o banco Itaú, em São Paulo. A empresa tem mais de cinco mil unidades no país.

Números da violência

Confira os dados divulgados pelo Sindicato dos Bancários, nos quais constam os números da violência registrados em toda a Paraíba durante 2013 e 2012.

Tabela

 

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Portal Correio

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